Riopele e Primor lideram 16 milhões para novas soluções de I&D para o têxtil e o agroalimentar
04-12-2017
Vila Nova de Famalicão tem duas empresas como líderes dos
consórcios dos projetos mobilizadores nacionais nas áreas de
investigação e desenvolvimento (I&D) para os sectores têxtil e
agroalimentar.
A Riopele e a Primor têm em mãos 15,7 milhões de
euros de investimento que traduzem o esforço ímpar para concretizar um
elevado número de novas soluções de I&D que já começaram a ser
desenvolvidas pelo Texboost e pelo MobFood, os projetos mobilizadores do
têxtil e do agroalimentar. Ambos foram aprovados no âmbito do Sistema
de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento do Compete 2020 e deverão
estar concluídos até meados de 2020. Em todo o país estão em curso 12
projetos mobilizadores.
O Texboost representa um investimento
elegível de 9,2 milhões de euros e envolve 237 pessoas, 28 empresas, 15
entidades do sistema científico e tecnológico (entre as quais o Citeve,
que está responsável pela gestão do projeto) e 430 mil horas de
trabalho, prevendo criar 32 postos de trabalho. Há ainda a expectativa
de aumentar em mais de 100 milhões de euros as exportações das empresas
envolvidas.
As 43 entidades do consórcio mobilizador estão a
desenvolver 17 novas soluções de que resultarão 12 patentes e 16 teses
de mestrado e doutoramento.
Quanto ao impacto no sector têxtil,
estima-se que o volume de negócios das 28 empresas envolvidas aumente
mais de 20% ao nível interno e 28% em termos de exportação. Traduzido em
euros, significa um crescimento para 440 milhões de euros em
exportações (cerca de 100 milhões de euros a mais) nas cinco áreas
definidas por este projeto mobilizador: indústria 4.0, novos materiais e
a utilização das fibras naturais, novas estruturas técnicas
inteligentes, têxteis eletrónicos, sustentabilidade e economia circular.
Já
o MobFood representa um investimento elegível de 6,5 milhões, conta com
a participação de 44 entidades e nasce no seio do Portuguese Agrofood
Cluster, tendo a liderança empresarial da Primor e a coordenação
científica da Universidade do Minho. Principais objetivos: tornar o
sector mais transparente, seguro e eficiente na utilização dos recursos
e, ao mesmo tempo, mais competitivo face aos mercados internacionais.
O
projeto contribuirá para o aumento do volume de negócios do sector, do
investimento em I&D e do emprego qualificado, através da
implementação de novos processos e novas tecnologias e pela criação de
novos produtos e padrões de consumo.