“Go Gal”: projeto incubado na Casa da Juventude dá o salto para o mundo dos negócios

17-03-2015

A “Go Gal”, empresa de agenciamento de férias adaptadas a seniores e pessoas com mobilidade reduzida que queiram visitar o nosso país, é o primeiro projeto incubado na Casa da Juventude que acaba de se materializar em empresa. Vanda Ribeiro, a jovem famalicense responsável pela idealização e conceção do projeto, dá assim o seu primeiro passo no universo dos negócios, dando provas de que vale a pena correr atrás de um sonho.

Formalmente constituída no início do mês, a empresa conta com um sócio, empresário do Porto, que decidiu investir oito mil euros no capital social da “Go Gal”. O projeto, ancorado à incubadora da Casa da Juventude, e que venceu o concurso Minho Empreende 2014, ganha assim asas para voar da condição de projeto à de empresa. Na base do plano de negócios elaborado pelo BICMINHO, a empresa de Vanda Ribeiro deverá ter uma rentabilidade de 40 mil euros no primeiro ano, crescendo para os 80 mil euros no segundo ano de actividade. No imediato cria um posto de trabalho, uma jovem de 27 anos licenciada em Turismo.

Consciente de que este é apenas o “ano embrionário”, a jovem espera bons resultados no futuro, convicta do potencial de fidelização e progressão do conceito no mercado do turismo.

Sonho nasceu aos 19 anos

Foi aos 19 anos, depois de trabalhar num centro de férias para pessoas com mobilidade reduzida no Reino Unido, que Vanda Ribeiro começou a desenhar a ideia de negócio, que materializa agora com 33 anos. “Participei num programa de voluntariado europeu e desde essa experiência que tive vontade de fazer algo semelhante em Portugal”, refere acerca dos primeiros passos deste seu projecto.

Fortemente motivada para esta nova fase, a jovem famalicense sente o peso da responsabilidade deste novo passo, mas não se deixa levar dimensão do desafio. “Eu não sinto muito esse peso porque sou pessoa de objectivos, e que luto pelos objectivos. Se cá consegui chegar é porque também consegui transmitir confiança aos organismos que me apoiaram, nomeadamente a autarquia. Quem me apoia sabe que têm uma empreendedora que é lutadora, e que vai até ao fim. É nesse sentido que sinto a responsabilidade”.

Familiarizada com os termos trabalho, empenho e persistência, que de resto a trouxeram até este momento, apoia-se na mesma receita para um futuro que deseja promissor.

Ir ao fundo das raízes portuguesas

Depois de trabalhar a maturação da ideia, a “Go Gal” já consolidou o trabalho de procura de parceiros e de conceitos, estando em condições de fazer chegar ao seu público-alvo um conjunto de propostas que, a seu tempo, serão necessariamente mais vastas. “Temos uma variedade engraçada. Não temos propriamente um grande volume de propostas, porque isso vem o tempo, mas já temos um leque que nos permite fazer a empresa arrancar”, refere a propósito.

Mais dirigido a um público estrangeiro, de população sénior ou com mobilidade reduzida, a estratégia da “Go Gal” é a de chegar às pessoas, “território a território”, sem deixar ninguém de fora. No essencial, a “Go Gal” assume o perfil de “agência de viagens inclusiva”, não sem apostar num conceito de procurar a genuinidade nacional, as raízes, aquilo que foge à lógica do turismo mais comercial.

Vanda Ribeiro fala mesmo de especiais atenções com o interior e com a sua riqueza e diversidade cultural, que permite ir ao fundo da portugalidade. “Eu costumo dizer que quero que os meus clientes saiam de Portugal a conhecer o senhor Francisco ou a dona Maria. É essa a nossa aposta, a de criação de uma ligação muito íntima com a comunidade local”, alega.

Com uma rede de roteiros que se faz muito de contactos, a jovem famalicense acredita que a oferta irá crescer, e que, necessariamente, a procura também, fruto de um produto que querem direcionado para “experiências únicas” e “vivências inesquecíveis”. A qualidade é, por isso, condição inalienável às escolhas da “Go Gal”.

Paulo Cunha espera que este seja “o primeiro de muitos”

O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, vê “com especial agrado” os resultados do trabalho empreendido na Casa da Juventude e através do “Famalicão Made IN”, com o apoio a projetos que dão agora os primeiros passos.
O edil famalicense tem pautado o discurso pela necessidade da criação de condições para que o concelho seja uma “mega-incubadora”, pelo que o sucesso deste projeto “alimenta a nossa motivação e a nossa condição de necessidade de continuar a apoiar estes projetos”.

Convicto do potencial dos jovens famalicenses, Paulo Cunha garante que irá continuar a apoiar o seu empreendedorismo, consciente de que o conforto inicial concedido pelo município é fundamental para o lançamento deste projeto.

Com votos de sucesso nesta nova fase, o edil espera que a “Go Gal” seja “o primeiro de muitos projetos” que saltam para o universo dos negócios.

Fonte:
O Povo Famalicense / Sandra Ribeiro Gonçalves
17-03-2015

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