Paulo Cunha quer que empresas aproveitem incentivos comunitários

09-03-2015

A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão quer aumentar de forma exponencial o número de empresas que recorrem aos fundos comunitários e vai ajudar os empresários nesse sentido. Agora que o Portugal 2020, o novo quadro de financiamento, está a arrancar, Paulo Cunha exorta os empresários famalicenses a apresentarem candidaturas aos incentivos europeus, para não ver repetidos os números do passado, quando menos de cinco por cento das empresas portuguesas tiveram acesso aos fundos europeus.

O apelo foi feito na sessão de abertura da conferência Agroalimentar 2020, na passada sexta-feira, 6 de março, no Centro de Estudos Camilianos, perante uma plateia de empresários do concelho a quem garantiu apoio por parte da Câmara Municipal. Através do Famalicão Made IN, a autarquia irá “desempenhar o papel de facilitadora no processo de aproveitamento dos fundos comunitários”, com a clara ambição de ampliar o número de empresas que a eles recorreram.

O presidente da Câmara Municipal reafirmou também o desígnio de posicionar Vila Nova de Famalicão como epicentro regional de base tecnológica e inovadora na área do agroalimentar. A autarquia vai dar mais um passo nesse sentido levando o Plano Estratégico do Concelho até 2025, do qual o Centro de Competências do Agroalimentar é um tema basilar, à próxima reunião do executivo municipal, agendada para a próxima quinta-feira, 12 de março, para aprovação.

Com base no “investimento que deve ser feito no desenvolvimento tecnológico do agroalimentar”, o edil defende que Vila Nova de Famalicão, pela concentração de empresas do setor, pela localização geográfica e respetiva rede de acessibilidades e pelo conhecimento que pode ser emprestado pelo CITEVE e pelo CeNTI, tem o “ambiente favorável” para sediar um Centro de Competências do Agroalimentar. “Uma infraestrutura tecnológica marcada pela tradição agrícola do concelho e que seja o motor das empresas no caminho da inovação e do desenvolvimento, tal como já acontece de forma notável no têxtil e vestuário”, argumentou.

Paulo Cunha revelou que estão já em curso diligências com a CCDR-N e os ministérios do Desenvolvimento Regional e da Agricultura no sentido de criar condições para que a instalação do centro seja bem-sucedida. “É bom notar que nenhum centro tecnológico pode ter uma dimensão concelhia ou sequer regional. Não faz sentido pensar que vamos ter dez centros tecnológicos do agroalimentar no país. É preciso que o país faça opções”, advogou.

Com o apoio da PortugalFoods, da ADRAVE e do jornal Vida Económica, a conferência organizada pela Câmara Municipal debateu as oportunidades, as tendências e os incentivos do Portugal 2020 para o agroalimentar, indústria com peso relevante na economia local e mesmo nacional.

Foram oradores o vice-presidente da CCDR-N, Carlos Neves, a diretora executiva da PortugalFoods, Ondina Afonso, o especialista do ESCA – The European Secretariat for Cluster Analysis, Rui Ramos, e o gestor de empresas e especialista em internacionalização, Pedro Vieira. A eles juntou-se um painel de empresários famalicenses composto por Raquel Vieira de Castro (Vieira de Castro), Renato Cunha (Restaurante Ferrugem) e Jorge Ferreira (Meia Dúzia).

Carlos Neves adiantou que a estratégia Norte 2020 vai permitir, pela primeira vez, que os programas regionais integrem apoios para bolsas de doutoramento nas empresas. O vice-presidente da CCDR-N salientou que as prioridades setoriais estão nas atividades tradicionais que inovaram. “Temos de voltar ao que nunca deveríamos ter abandonado”.

 


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