“A economia portuguesa está a recuperar e a crescer”, garantiram, ontem, o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, e o ministro da Economia, Pires de Lima, aos empresários que participaram na conferência sobre os novos instrumentos de financiamento às empresas promovida pelo IAPMEI, AICEP e Câmara Municipal de Famalicão, na Casa das Artes, e foi perante uma plateia cheia, que se anunciou, com regozijo, que Portugal “exportou mais do que importou” pelo terceiro ano consecutivo. De 37 mil milhões de euros em exportações em 2010, Portugal passou para 48 mil milhões de euros em 2014.

Paulo Portas impulsionou os empresários e investidores a aproveitar ao máximo os novos fundos comunitários, apontando que uma grande parte deles se dirige para as empresas, sobretudo pequenas e médias empresas, e indicou que até ao final do mês será aberto o concurso ‘Jovens Agricultores’, considerando que é precisamente neste sector “que nasce grande parte do investimento em Portugal”.

Apresentando ‘saldos’ muito positivos relativamente à actividade económica do país durante 2014, o vice-primeiro ministro refere que a expectativa do governo é que 2015 “seja tão bom ou ainda melhor”. Por isso mesmo, foram delineados vários apoios às empresas, no sentido de potenciar o investimento e, dessa forma, criar também emprego.

O governante falou, ainda, da necessidade de o país estar a saber aproveitar a recessão económica, no sentido de proceder a várias reformas, tal como a Irlanda e a Espanha, demarcando-se, no entanto, da situação vivida na Grécia, que é completamente diferente da situação vivida em Portugal”, até porque a ‘troika’ já não está entre nós.

Paulo Portas sublinhou também que “pela primeira vez o investimento deu sinais de vida em 2014, com um crescimento superior a 3%”. O responsável destacou que Portugal cresceu exponencialmente em 15 dos 20 países mais importantes para o nosso mercado de exportações, como é o caso da China.

“As exportações, principalmente de bens e serviços, têm aumentado de tal forma que atingem hoje os 70 mil milhões de euros”, destacou o ministro da Economia, considerando 2014 como o “melhor ano de sempre”, apontando para o êxito de vários sectores, muitos deles tradicionais, como é o caso do vestuário (cujas exportações subiram 10%) ou do calçado (que subiram 8%). “Estes eram sectores que outrora pareciam condenados à morte e que hoje são reconhecidos internacionalmente por criarem produtos tecnicamente evoluídos, arrojados, inovadores e de valor acrescentado no mercado internacional”.

Na conferência ‘Portugal 2020 - o financiamento às empresas - empreender, Inovar e Internacionalizar’, Pires de Lima falou aos empresários que “mais de 40% dos fundos comunitários disponíveis para as empresas terão como eixos principais a competitividade e internacionalização”.

“Os fundos comunitários são essenciais e não os podemos desperdiçar. Temos que os usar para modernizar o tecido empresarial português, pois eles são a única forma de assegurar que existam possibilidades de crescimento para as empresas”.

Fonte:
Correio do Minho
11-02-2015