Pires de Lima: “Não foi um ano brilhante, mas foi o melhor de sempre das exportações”

10-02-2015

O ministro antecipou que as vendas de serviços ao exterior em 2014, ainda não divulgadas, vão gerar o terceiro ano consecutivo de saldo positivo da balança comercial. Já o emprego não se cria com “raiva e ressentimento”, advertiu.

O ministro da Economia juntou esta terça-feira, 10 de Fevereiro, os dados prováveis referentes às exportações de serviços, que só serão conhecidos na sexta-feira, aos valores já confirmados das vendas de bens ao exterior para antecipar que as exportações portuguesas “terão crescido 3%” em 2014, para um valor aproximado de 70 mil milhões de euros.

Nas contas do governante, será o terceiro ano consecutivo de saldo positivo da balança comercial (ou seja, em que as exportações superam as importações), questionando se “uma economia moderna não é também feita de serviços, muitos deles intimamente ligados com a vertente industrial”.

“Já vi escrito que não foi brilhante. Não terá sido brilhante, mas foi só o melhor ano de sempre da nossa história em termos de exportações de bens e serviços”, referiu António Pires de Lima, lembrando que há cinco anos esse total ascendia a apenas 50 mil milhões de euros, tendo crescido perto de 40% nesse período.

O ministro, que falava durante uque falava durante uma conferência dedicada ao financiamento das empresas, organizado pela AICEP e pelo IAPMEI em Vila Nova de Famalicão, onde particularizou o contributo forte do turismo para estas contas, antecipando também que terá crescido mais de 10% em 2014.

Criticando a “forma jocosa” como as exportações são apelidadas de “porta-aviões de um determinado ministro”, embora tenha sido o próprio Paulo Portas que assim se referiu a elas, Pires de Lima pediu para “não se confundir a crítica legítima ao Governo com a desvalorização e desqualificação do trabalho das empresas, empresários e trabalhadores”.

Uma declaração que mereceu as palmas envergonhadas do auditório repleto da Casa da Artes, onde antes o responsável político referira que a economia portuguesa “está a recuperar e a crescer, gradualmente mas de forma sustentada”.

Contra o "pessimismo militante"

Na lista dos “três motores essenciais que estão a puxar” pela economia nacional e a “ajudar a esta agenda do crescimento”, o ministro inscreveu igualmente a recuperação do consumo privado, que, estimou, terá crescido quase 2% em 2014.

E “não tendo aumentado de forma substancial o rendimento disponível dos portugueses, esse dado tem de ser ligado à confiança das empresas e dos consumidores portugueses”, sem a qual não há consumo nem investimento e que “não é possível construir alimentando um discurso de pessimismo militante”.

Entrando no “motor” do investimento, Pires de Lima sintetizou que a melhor forma de combater o desemprego, que se fixou em 13.4% no último mês de 2014, “não é proclamando discursos de grande preocupação social mas também de grande insensibilidade empresarial”, mas promovendo e atraindo esse investimento.

“Combate-se o desemprego criando emprego, não com discursos conceptuais, com raiva ou com ressentimento”, ilustrou o governante, prometendo aos empresários nortenhos que o Executivo “acarinha” os seus projectos.

E deixou dois exemplos de políticas públicas viradas para esse objectivo: a reforma do IRC que desceu taxas e implementou outras medidas que “transformam Portugal num dos países com melhor regime de domiciliação fiscal” para as empresas; e o crédito fiscal em vigor de 25% para investimentos produtivos, que beneficiam de majoração se forem executados em regiões desfavorecidos e com base noutros critérios, como a criação de postos de trabalho e a componente de inovação e incorporação tecnológica.

Fonte:
Jornal de Negócios
10-02-2015

Imagens: FAMA TV

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