Terminal Ferroviário de Lousado deverá ficar pronto até ao final de 2022 e vai criar 45 postos de trabalho diretos

15-09-2021

Dois anos e meio depois de uma primeira apresentação do maior terminal ferroviário de mercadorias da Península Ibérica a construir em Vila Nova de Famalicão, a Medway, empresa líder em Portugal, voltou a apresentar o projeto "totalmente reformulado, mais moderno, mais arrojado, com melhor tecnologia" e com o dobro do investimento do que o inicialmente anunciado, tendo passado de 35 milhões de euros para 63 milhões.

Numa sessão que decorreu esta terça-feira, na Casa do Território, o Presidente do Conselho de Administração da Medway, Carlos Vasconcelos, explicou que a paragem provocada pela pandemia "permitiu-nos reformular o projeto, introduzindo melhoramentos a vários níveis, nomeadamente no que diz respeito à tecnologia de ponta, o que claro aumentou o investimento".

Apesar disso, a obra vai avançar em breve, prevendo-se que fique concluída até final de 2022. Numa fase inicial a infraestrutura irá implicar a criação de 45 postos de trabalho diretos, anunciou o responsável.

No essencial, com a ligação ferroviária direta, através da Linha do Minho, bem como com as acessibilidades rodoviárias através de diversas vias principais, este terminal irá potenciar a indústria exportadora local, facilitando a logística das suas mercadorias, contribuindo, desse modo, para a economia e o emprego da região.

"Ao aproximarmo-nos do local de receção das mercadorias estamos a encurtar as distâncias. Com esta obra traremos o Porto Marítimo para Famalicão", referiu Carlos Vasconcelos explicando que "este terminal irá permitir uma maior proximidade, reduzir distâncias e claro baixar custos".

Sobre a decisão de instalar este Terminal, no concelho de Famalicão, o responsável salientou "as boas ligações ferroviárias e rodoviárias; o excelente acolhimento e ótima relação com as entidades locais; a agilidade nos requisitos de implementação; a formação de recursos humanos qualificados e a proximidade de industrias e atividades importantes para a importação e exportação".

Satisfeito com o projeto, estava obviamente o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha que afirmou estarem "reunidas as condições para que este projeto avance muito em breve".

"É um projeto muito importante para Famalicão, porque é um projeto indutor de desenvolvimento e que vai cativar mais empresas para Famalicão, um território que tem ainda tem um potencial de crescimento industrial muito grande", assumiu.

"É um projeto bom em si mesmo, mas é muito melhor por aquilo que trazer para Famalicão no futuro", acrescentou o autarca, salientando que "é inequívoco que o transporte de mercadorias vai mudar, a rodovia será cada vez menos utilizada e com este projeto Famalicão ganha um Porto Seco, porque os navios vão chegar a Leixões, vão chegar a Viana, a Aveiro e entrarão na ferrovia, chegando a este terminal, que permitirá colocar os produtos no mundo inteiro, o que fará com que o potencial exportador de Famalicão tenha condições para aumentar ainda mais".

Da parte da Câmara Municipal de Famalicão está a criação de uma unidade de execução que tem como objetivo dotar toda a zona envolvente ao terminal de condições infraestruturais ajustadas. Neste âmbito será criada um nova via para permitir o acesso da zona industrial de Lousado ao Terminal Ferroviário, tendo ligação à freguesia de Cabeçudos e à rede viária nacional. Será uma via estruturada com dimensão para o tráfego de pesados.

Por sua vez, com quatro linhas férreas de 750 metros, o Terminal Ferroviário terá uma área de 220 mil metros quadrados e capacidade para 11.000 TEU (cada TEU equivale a cerca de 6,1 metros, o comprimento de um contentor-padrão de mercadorias). Prevê a circulação de 6 a 8 comboios diários e 500.000 movimentos anuais de contentores.

O projeto inclui também ligação para contentores refrigerados, área reservada para mercadoria perigosa, espaços para armazenagem e serviços logísticos, parque seguro para camiões, oficinas e vigilância 24 horas.

A Medway detém 69 locomotivas (35 elétricas e 34 a diesel) e 2.917 vagões, assim como vários terminais logísticos e uma área de manutenção e reparação de equipamento ferroviário.

Contemplará ainda um edifício administrativo com 800m2.

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