Tríade têxtil unida em processo completo de economia circular

24-06-2021

Há décadas que as empresas têxteis famalicenses se dedicam à reciclagem têxtil numa evidência do pioneirismo nas questões da sustentabilidade. Em Vila Nova de Famalicão surge agora um projeto que junta o conhecimento, a experiência e as competências de três empresas com esse passado, desenhado e desenvolvido como um modelo da sustentabilidade assente na economia circular.

Recutex, Fiavit e Lurdes Sampaio são os players do projeto Rfive, movidos pelo desafio de tornar o velho em novo e de criar um processo baseado no conceito “zero waste (lixo zero)”.

Assim, a primeira empresa faz a reciclagem de fibras têxteis a partir de peças de vestuário sem uso ou em fim de vida que recebe de marcas e desperdícios da confeção; a segunda produz novo fio já reciclado a partir dessas fibras; a terceira usa esse fio com alta percentagem de fibras recicladas na produção de novas malhas que introduz nas suas coleções e que darão origem a novas peças de vestuário.

“A consciência social e ambiental nas empresas tem revelado iniciativas de sucesso na indústria têxtil e do vestuário e este projeto pretende ser um grande contributo para uma cadeia têxtil sustentável e um consumo mais consciente, minimizando o impacto ambiental em todo o seu processo”, explica Conceição Sampaio, CEO da empresa fundada pela mãe, Lurdes Sampaio.

“Trata-se de um projeto chave na mão que incorpora mais de meio século de experiência na produção de fibras recicladas num projeto global”, aponta, por seu lado, João Valério, administrador da Recutex e da Fiavit.

O nome do projeto Rfive remete para cinco dos princípios basilares da sustentabilidade e economia circular: reduzir, reutilizar, reciclar, renovar e restaurar.

O processo inicia-se com a recolha de resíduo têxtil, seguindo-se a escolha, separação e preparação das fibras têxteis recicladas e depois a fiação da fibra reciclada, terminando na produção de malha com algodão reciclado. “Consequentemente, obtemos uma produção sem emissão de CO2, sem consumo de água e sem uso de produtos químicos. Conseguimos, dessa forma, fechar um ciclo de economia circular”, enfatiza João Valério.

A ideia surgiu com o propósito de antecipar as normas e os objetivos da União Europeia relacionados com a reciclagem têxtil para 2025, envolvendo desde já as principais marcas no processo, o que, nas palavras daquele responsável, deu lugar a um produto final de qualidade que este consórcio pretende disponibilizar a todos os agentes nacionais e internacionais do setor.

“Agora pode dizer-se, literalmente, que a reciclagem está na moda por força da sua incorporação cada vez maior na cadeia têxtil. Só assim contribuímos para mundo melhor e, nesta matéria, o concelho de Famalicão dá o exemplo”, remata João Valério.

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