Paulo Cunha: "O Made IN superou as melhores expetativas"

07-01-2016

O Made IN não se resume às visitas às empresas famalicenses. A Câmara Municipal tem procurado fazer de Famalicão um território fértil para a criação, consolidação e internacionalização de projetos empresariais. Na forja há outras iniciativas para incentivar o empreendedorismo. E se os números confirmam o desenvolvimento económico do concelho, Paulo Cunha, Presidente da Câmara de Famalicão, não podia estar mais satisfeito.

Sofia Abreu Silva

OPINIÃO PÚBLICA: Qual o balanço do Famalicão Made IN que iniciou em novembro de 2013?

PAULO CUNHA: É um balanço positivo e que supera até as melhores expetativas. O Famalicão Made IN está a deixar marcas, sendo evidente o reconhecimento nacional a este programa municipal que pretende fazer jus à pujança económica do nosso concelho. Trata-se de um ambicioso projeto de afirmação territorial, particularmente centrado no nosso potencial económico, alicerçado na localização geográfica privilegiada do concelho, num ADN empresarial que aqui faz emergir algumas das maiores indústrias do país e na qualidade e diversidade de recursos humanos qualificados. Fatores que fazem deste território um dos mais produtivos e exportadores do país, como confirmou recentemente o anuário do Instituto Nacional de Estatística. Famalicão consolidou a posição de terceiro município mais exportador do país, o segundo com a melhor balança comercial e o terceiro com maior volume de negócios ao nível das indústrias transformadoras. Uma excelente notícia!

O Made IN não se resume às visitas. Há um conjunto de ações em prol do desenvolvimento empresarial do concelho…
O roteiro é a vertente mais mediática do Famalicão Made IN. Dentro desta estratégia da Câmara Municipal para promover o desenvolvimento económico do concelho cabem, naturalmente, outras iniciativas. É o caso do estabelecimento de importantes parcerias com entidades nacionais e internacionais, do estreitamento de laços com os empresários que aqui desenvolvem os seus projetos e com os empresários famalicenses que se encontram a investir fora do país, e ainda do posicionamento do município como um aliado dos investidores. Queremos oferecer aos agentes do nosso território com ambição empresarial condições para que os seus projetos possam germinar. Mas queremos também ajudar os nossos empresários a alavancar e a internacionalizar os seus negócios. No fundo, queremos ser uma força de ignição que crie a energia necessária para que toda a cadeia possa alimentar-se e ser bem-sucedida.

Como é feito o critério da escolha das empresas a visitar?
As empresas e instituições famalicenses que quase todas as semanas vou visitar, assumindo-me como seu embaixador institucional, são exemplos de empreendedorismo e de inovação no concelho. São empresas que demonstraram que o bom momento que vivem não é fruto nem do acaso nem da sorte. Mas antes do resultado de um trabalho diferenciador e inovador, logo, com alto valor acrescentado, em que a aposta na I&D tem sido crucial. E refiro-me não só a empresas com muitos anos de atividade, mas também a novos projetos. Constato, com muito agrado, que o saber-fazer das empresas famalicenses é cada vez mais reconhecido e procurado. E, como presidente da Câmara, sinto que é meu dever ajudar a promover o que de tão bom é feito em Famalicão.

Famalicão é um concelho que tem conseguido atrair novas empresas? Quais os números que comprovam essa realidade?
Famalicão é um território atrativo para a incubação e o desenvolvimento de novos projetos empresariais. O volume total das exportações das empresas famalicenses aumentou 10% entre 2013 e 2014, fruto dos novos investimentos realizados no território, o que atesta a diversidade e a força do tecido empresarial famalicense. Só em 2015 a Câmara Municipal anunciou como de interesse municipal novos investimentos superiores a 25 milhões de euros, que representam a criação de perto de meio milhar de novos empregos. Famalicão é de facto um território fértil onde os projetos empresariais podem vingar e ser bem-sucedidos.

Qual a razão de criar um espaço físico dedicado ao Made IN?
O Gabinete de Apoio ao Empreendedor do Município de Famalicão é um serviço público de atendimento ao cidadão, direcionado de forma muito particular para o universo empresarial. Tem como principais objetivos atrair investimento para o concelho, apoiar os empresários e estimular o empreendedorismo. Tem-se revelado uma estrutura muito importante não só pelo apoio direto dado aos empresários e aos novos empreendedores, mas também pela ligação próxima aos outros agentes do território, nomeadamente, escolas, universidades e estruturas de inovação e investigação, que são também muito importantes neste processo de valorização e afirmação do nosso território.

Esta estrutura tem ajudado, efetivamente, à criação de empresas?
Sem dúvida. O Famalicão Made IN tem dado um forte contributo para o surgimento de novos projetos empresariais e apoiado muitos outros a expandir-se, contribuindo decisivamente para a criação de centenas de novos postos de trabalho no concelho, um desígnio que considero como fundamental na ação da Câmara Municipal no plano económico. Não menos relevante tem sido a sua ação na captação de empresas instaladas fora de Famalicão para o nosso concelho.

Qualquer empreendedor/empresário pode apresentar uma ideia ao Made IN? Qual o acompanhamento que é dado?
O Gabinete de Apoio ao Empreendedor recebe todos os cidadãos que tenham novas ideias de negócios ou pretendam desenvolver novos projetos. O atendimento e acompanhamento é feito por uma equipa experiente, dinâmica e motivada que apoia, informa e encaminha quem deseja iniciar o seu próprio negócio ou quem quer investir em novos projetos empresariais, assegurando uma resposta célere a todas as situações. Para tal, proporciona atendimento personalizado para prestar informação e aconselhamento acerca dos diversos apoios técnicos e financeiros disponíveis e das etapas necessárias para se iniciar um negócio.

Em termos de qualificação das pessoas, existe também uma preocupação em dotar as empresas com recursos humanos qualificados? O Made IN procura fazer essa ligação entre instituições de ensino e empresas?
Como já referi, a proximidade às instituições ligadas ao ensino, à ciência e à investigação, bem como ao tecido empresarial, é uma das bases do trabalho desenvolvido pelo Famalicão Made IN. Resultado desse esforço meritório é, por exemplo, o programa para doutorados, pioneiro a nível nacional, que a Câmara Municipal lançou em novembro e que visa apoiar a inserção de recursos humanos altamente qualificados nas empresas do concelho. Mas há outras iniciativas já desenvolvidas, em curso ou em fase preparatória, em articulação com os agentes do nosso território, porque sabemos que o trabalho em rede é muito mais profícuo do que quando feito de forma isolada.

Quais os próximos projetos no âmbito do Made IN que poderão surgir no futuro?
Estão previstas novas iniciativas para breve e em várias áreas. Ao nível do empreendedorismo, posso desde já anunciar o “Elevator Made IN”, que é um programa de aceleração de startups, com a duração de seis meses, que vai apoiar o crescimento das empresas instaladas na incubadora Famalicão Made IN ou daquelas que se encontrem a desenvolver os seus planos de negócios no Gabinete de Apoio ao Empreendedor. No domínio da inovação vão avançar iniciativas relacionadas com a propriedade industrial e outras em articulação com as entidades científicas e de investigação famalicenses e com a ANI (Agência Nacional de Inovação). Estão também a ser desenvolvidas ações de apoio à internacionalização com a colaboração direta da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal).


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