Resifluxo, empresa do Grupo ACA, aposta na economia circular.

16-03-2023

De lixo, a peças de que se integram na natureza e no espaço urbano: floreiras, bancos de jardim, passadiços ou outro mobiliário urbano. Estas são algumas das múltiplas aplicações do perfil de plástico 100% reciclado e reciclável, produzido pela Resifluxo, empresa que começou atividade na gestão global de resíduos em aterros de Fafe e Lousada e os transforma em matéria prima, que serve de base para a produção na unidade de Famalicão de um novo produto ecológico, diferenciado e com caraterísticas que permite múltiplas aplicações.

«O lixo chega-nos em bruto, fazemos a triagem e transformação, selecionando o que será a nossa matéria prima, que resulta num perfil de plástico, num princípio de economia circular que usa matérias que de outra forma ficariam no ambiente em aterros ou seriam incineradas» começa por explicar Joaquim Carvalho, diretor da área de negócio da Resifluxo.

A empresa de transformação está instalada em Arnoso StªMaria, numa unidade que foi visitada esta quinta-feira pelo presidente da Câmara Mário Passos, no âmbito do roteiro Created IN. O autarca salientou «a preocupação ambiental aqui patente, que é um novo paradigma em que todos temos de estar envolvidos: transformar o que até agora tínhamos como resíduos em matérias-primas, diminuindo a pegada carbónica». Mário Passos acrescentou «a satisfação por ver empresas de Famalicão, e o Grupo ACA onde a Resifluxo está integrada, que conhecemos como empresa de construção e engenharia, a investirem em inovação, investigação e desenvolvimento, com uma elevada preocupação e responsabilidade ambiental, mais ainda criando valor, num produto que como aqui vimos tem multiplicas aplicações e se integra de forma harmoniosa na natureza e no espaço urbano».

No último ano a Resifluxo teve um volume de negócios que rondou os 4 milhões de euros, com expetativa de crescimento já este ano. «Com a introdução da marca WUUD no mercado esperamos crescer nesta área de negócio cerca de 60%», números sustentados, diz Joaquim Carvalho «no que foi o desenvolvimento das caraterísticas do deste perfil de plástico, que nos permite estar no mercado com um produto de qualidade, elevado grau de resistência, durabilidade e com novas soluções e aplicações, que certamente vão gerar um crescimento da marca nos próximos anos».

A empresa está ainda envolvida no projeto D’ECO, de investigação e desenvolvimento de produtos inovadores para soluções de arquitetura e construção civil, «com conceção e desenvolvimento de um compósito de plásticos mistos que incorpore areias de fundição, a partir de resíduos resultantes do setor industrial, do setor da construção e da indústria de fundição, que tem a Universidade do Minho como parceiro de investigação, e de que esperamos a concretização de uma dezena de novos produtos e soluções a colocar no mercado» apontam os responsáveis da Resifluxo.

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