Famalicão lança projeto-piloto para integração de doutorados em empresas

02-11-2015

A Câmara de Famalicão e o Centro Tecnológico Têxtil e do Vestuário (CITEVE) lançaram hoje (2 de novembro) um projeto-piloto que visa apoiar a inserção de doutorados nas empresas do concelho. Em causa está dar uso à dotação de 20 milhões de euros que o Norte 2020 tem disponível para apoiar a contratação de recursos humanos altamente qualificados.

As empresas que passem a contar com doutorados, cujo salário poderá ir de 1.500 a 2.600 euros, terão acesso a 50% de financiamento para 24 a 36 meses de contrato.

Em declarações aos jornalistas após a apresentação deste projeto a representantes de empresas de Famalicão, o diretor geral do CITEVE, Braz Costa, indicou ter expectativa de vir a remeter entre 15 a 20 candidaturas, reforçando a ideia de que devem tratar-se de empresas com "relativa maturidade" em atividade de I&D e Inovação. "As empresas que vão receber os doutorados não estão à procura de mão-de-obra barata, mas de mão-de-obra qualificada", resumiu o responsável do CITEVE.

Já o vereador da Educação, Conhecimento e Empreendedorismo da Câmara de Famalicão, Leonel Rocha, contou que ao longo do roteiro "Made IN" - um programa que tem levado comitivas da autarquia a visitarem várias empresas deste concelho do distrito de Braga - foi sendo "perceptível" que as empresas "sentem a necessidade de integrar pessoas altamente qualificadas mas às vezes não sabem que passos dar".

Assim, a Câmara de Famalicão e o CITEVE pretendem servir como mediadores, criando o Projeto de Apoio à Inserção de Doutorados, cujos destinatários são as empresas locais, nomeadamente as ligadas ao setor têxtil que queiram, entre outros objetivos, apostar na diferenciação de produto e autonomização de processos.

Quanto aos doutorados, caberá aos responsáveis por este projeto identificar perfis adequados com a procura das empresas, estando a identificação a ser trabalhada em articulação com as universidades a nível nacional. "Queremos criar uma relação entre doutorados e empresas. O têxtil precisa de competências e qualificações académicas muito maiores do que antigamente", referiu Braz Costa, recordando que há uns anos "não passava pela cabeça de ninguém que uma empresa contratasse um físico ou um matemático por exemplo, algo que hoje é uma realidade".

"Ao captarmos massa cinzenta, estamos a trazer mais-valias para as nossas empresas e para o nosso território", acrescentou Leonel Rocha, segundo o qual esta ajuda às empresas é uma das formas "com maior retorno" de "potenciar os fundos comunitários que ficarão disponíveis".


Fonte:
PYT // MSP
Lusa/fim

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