Investidores agarram novos projetos têxteis

24-10-2016

Cinco tubarões, cinco projetos à procura de financiamento para chegarem ao mercado. Assim foi, uma espécie de Shark Tank, a iniciativa promovida pelo CITEVE, em Vila Nova de Famalicão, na tarde da passada sexta-feira, 21 de outubro.

A Portugal Ventures, a Invicta Angels, a Famagrow, o próprio CITEVE e Eugénio Monteiro, um empresário da área dos plásticos que prepara a entrada no sector têxtil, foram os tubarões. Do outro lado, estiveram cinco projetos em que os seus promotores pediam entre 50 mil e 300 mil euros.

A ronda de negociações com os jovens empreendedores que apresentaram projetos têxteis com componente tecnológica, no âmbito do NETT – Novas Empresas Tecnológicas Têxteis (programa financiado pelo Portugal 2020 e vencedor do Selo Famalicão Visão’25, na categoria Famalicão Made IN, recentemente atribuído pela Câmara Municipal), durou cerca de quatro horas. Só dois projetos não despertaram o apetite destes investidores.

Etapa bem-sucedida para Sónia Ferreira (Caring4UOstomy), Eduardo Pinheiro (OralCool) e Renata Iwamizu (Moovexx).

A primeira (uma engenheira biomédica que desenvolveu um adesivo para a área da saúde sem cola ou qualquer outro produto químico, com adesivagem feita através de princípios de nanotecnologia) recebeu um prémio do próprio CITEVE que vai financiar a produção do adesivo desde a escala laboratorial até à fase industrial. A Portugal Ventures e dois outros tubarões, que preferiram não ser identificados, querem também participar no negócio.

O mesmo modelo de negócio será seguido pela OralCool, de Eduardo Ferreira, um jovem gestor que desenvolveu um fio dentário que não só muda de cor conforme entra em contacto com cáries e tártaro como tem uma espécie de escovilhão de cinco em cinco centímetros para remover restos de alimentos alojados entre os dentes. Também neste caso, o CITEVE financiará os passos seguintes até à produção, entrando depois mais dois investidores não identificados.

Para além destes projetos, houve um tubarão, que também não quer ser nomeado, interessado no Moovexx. Este tem a particularidade de já existir no Brasil e ter escolhido Vila Nova de Famalicão para entrar no mercado europeu. Tem por base um conceito inovador de cós de calças e cintos que possuem elásticos invisíveis, acompanhando o movimento do corpo.

Nenhum destes tubarões vai financiar o guarda-sol com design distinto dos atuais e adaptado às novas tecnologias (Amor&Cabana, de Tiago Fernandes), nem o pijama de criança que pode ser ao mesmo tempo uma história que os pais podem acionar utilizando um tablet ou smartphone (QiFunny, de Daniel Costa e Daniela Mendes).

Refira-se que todos estes cinco projetos já estão em fase de protótipo. Os protótipos foram desenvolvidos no CITEVE com a colaboração da CESPU, da Universidade Lusíada e do CeNTI, o que evidencia um trabalho de rede do ecossistema de inovação do concelho realizado através do Famalicão Made IN.

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